quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Papo na Rede com Maicon

Olá, internautas! Em pleno carnaval resolvemos acompanhar o ritmo do time e partimos para uma entrevista com o nosso atleta Maicon Leite. No bate-papo perguntamos ao atleta como o time reagiu às duas derrotas para paulistas no nosso ginásio e surpreendeu o Sada/Cruzeiro em Contagem, como ele (Maicon) reage aos cânticos de torcida, o que gosta de fazer na época de carnaval e muito mais. Valeu a pena conferir...

Entrevista com o central do Montes Claros: Maicon Leite. Montagem: Orkutorcida.
Assista ao Vídeo da Entrevista



Leia a Entrevista Transcrita

Maicon Leite, MCV.
Foto: Fredson Souza.
Central é uma posição bem difícil de atuar, exige do atleta um índice de erro bem mínimo, porque não é tão acionado quanto os ponteiros, o oposto... e gostaríamos de saber de você se a posição de central foi a sua escolha imediata no vôlei.
Comecei no vôlei com 14 anos por brincadeira mesmo, e eu queria ser ponteiro, só que eu era o mais alto dos que jogavam comigo e eu não tive escolha. Com seis meses veio a oportunidade de jogar em Juiz de Fora e acabei ficando de central. Não tive nem tempo de tentar outra função (risos).

Nesse grupo do Montes Claros a gente percebe que vocês são bastante unidos tanto dentro quanto fora das quadras. É isso mesmo? Essa impressão que nós temos é real?
Não é só impressão. Realmente nós havíamos comentado entre nós que esse grupo é muito unido, talvez pela grande maioria ser de pessoas mais novas, querendo buscar seu espaço. Os mais experientes também nos acolhem nos momentos difíceis e acabamos tendo um ambiente muito favorável tanto dentro quanto fora de quadra.

MOC x Campinas.
Foto: Fredson Souza.
Perguntamos isso porque, mesmo depois daquelas duas derrotas aqui no ginásio, uma para o Sesi e outra para o Campinas, o grupo parece que se uniu ainda mais, foi para Contagem e surpreendeu o Sada/Cruzeiro na casa deles. Conte-nos como vocês refletiram sobre aquelas duas derrotas e como foi essa vitória lá no ginásio dos celestes.
A parte da reflexão sobre as duas derrotas foi muito pelo lado nosso mesmo, sem olhar para o adversário, porque faltou o coletivo. Não teve um que se sobrecarregou jogando mal, nosso coletivo não funcionou e portanto depois nós focamos muito na parte tática e técnica pra conseguir manter a estabilidade durante os jogos e não perder o ritmo nos sets. Com relação a ganhar do Sada, quem não quer ganhar do Sada? (Risos). Multicampeão, ganhou tudo. Além de nós termos chegado lá com a cabeça boa, acreditamos que podíamos vencer. O problema que acontece muitas vezes com as equipes é que deixam de acreditar por ser o Sada, o Sesi, e não é assim. O esporte é isso: tem que acreditar que você pode vencer. Foi um jogo jogado, onde eles tentaram, mas nós conseguimos. Foi uma vitória que com certeza foi a melhor da minha carreira, apesar de eu ser novo ainda (risos).

Maicon, Giba, em seu livro autobiográfico recentemente lançado, fala sobre a questão das Olimpíadas no Brasil, prevendo que será uma pressão muito grande por conta de estar uma torcida brasileira. Ele disse que jogar com a torcida a seu favor a pressão é muito maior. Nós, montes-clarenses, estamos sentindo isso, pois curiosamente o Montes Claros está tendo mais dificuldade de ganhar aqui do que fora de casa. Só na Superliga, foram quatro derrotas no nosso ginásio e três fora de casa. O que você pensa sobre isso?
Com relação a esse relato de Giba sobre a questão das Olimpíadas, eu também acho que vai ser difícil porque nosso país infelizmente não é de cultura de investir no esporte. Então, aqueles esportes que ganharam medalha na competição anterior, como é o caso do vôlei, atletas como Arthur Zanetti, enfim, esses medalhistas já vão vir para as Olimpíadas com um retrospecto de medalha e uma cobrança muito maior. Porém, para quem não vê, não sabe o que acontece dentro da quadra, o embasamento, não sabe que muitas vezes o atleta não tem condição de treinar direito, só vão saber que ele está lá e vão cobrar resultado.

Maicon e torcida de Montes Claros.
Crédito: Orkutorcida.
Essa é a característica da torcida: muita emoção e muitas vezes não consegue analisar o todo. Podemos dizer que é normal. Durante o jogo, por exemplo, você consegue ouvir tudo que vem da plateia e consegue filtrar todos os cânticos e o que pode ser de bom ou de ruim?
Eu, particularmente, quando estou dentro da quadra, jogando, não faz muita diferença. Uma coisa ou outra a gente escuta, mas meu foco é aqui (na quadra), no que eu tenho que fazer e a torcida tem que ser algo para agregar. A partir do momento que eu ouvir algo que não vai me agregar eu vou descartar. Eles estão aqui para isso, são torcedores e vamos ouvir coisas que vão nos agradar ou não, paciência.

Você, particularmente, gosta de jogar com a torcida a favor ou contra?
A favor, desde que essa torcida seja realmente a nosso favor (risos). É porque tem torcida que parece que é contra (risos). Mas eu não tenho problema com torcida contra não. Lá em Contagem mesmo, tinha quase 2.000 torcedores e é uma torcida pesada e participativa e não fez diferença pra mim, foi até bom (risos). 

Maicon, Bob e Gian, MCV.
Foto: Arquivo Pessoal.
Com relação ao elenco, deu para perceber que você é bastante amigo de Bob e Gian. De onde surgiu essa amizade?
Eu e Bob jogamos juntos ano passado, em São José dos Campos, e tivemos muito convívio. Ele morava no oitavo andar e eu morava no terceiro. A gente almoçava, jantava, ia pro treino e eu vivia na casa dele (risos). Então viemos para cá. O Gian estou tendo esse convívio agora e está sendo bem intenso também, são duas pessoas agradáveis, parceiros que eu vou levar além da profissão.

Já te falaram que você parece muito com Bob? (Risos)
Não, pelo contrário, já me falaram que pareço mais com Rafa (risos). Já fui parado na rua, me falando que saquei super bem, sendo que nem tinha entrado no jogo (risos). Mas já teve alguns comentários falando que eu me pareço com Bob sim. Menos do que com Rafael, mas teve.

Falando do Carnaval, feriado para o atleta é relativo, não é? Dos cinco dias, vocês só tiveram três. O que costuma fazer nessa época: prefere a folia ou prefere ficar mais sossegado? A folga é curta, não é?
A folga é curta. Como nosso jogo foi em Belo Horizonte, eu tenho amigos que moram lá e fiquei por lá mesmo. Deu para curtir. Fiquem um pouco com minha irmã também. Não pude ficar mais, mas aproveitei, acho que todos aproveitaram do seu jeito (risos). É bom descontrair, sair um pouco.

Partindo para o nosso rally...
UMA PALAVRA QUE DEFINE O SEU PERFIL: personalidade forte;
QUALIDADE QUE VOCÊ ADMIRA: honestidade;
QUANDO VOCÊ FICAR NERVOSO, VOCÊ: fico descontrolado, chego a gaguejar, fico pálido (risos);
E COSTUMA FAZER O QUE PARA DEIXAR DE FICAR NERVOSO: respirar, tentar recuperar o fôlego. Com o tempo eu estou aprendendo a não tomar atitudes precipitadas. Esfriar a cabeça para não agir errado.
LUGAR PERFEITO: onde eu estiver com pessoas que me façam bem, Amigos, família. Não depende do lugar, depende das pessoas.
SAUDADE: da minha família, da minha irmã.
UMA FRASE: nunca deixe de tentar. Eu sempre penso assim. Não pode desistir de algo que ainda não deu o máximo de si. Se algo fez você acreditar que você consegue, então não pode ser fácil assim desistir, seja no ambiente de trabalho ou seja em uma conquista pessoal.

Entrevista com o central Maicon Leite. Crédito: Orkutorcida.
Papo na rede superbacana com o nosso central Maicon, que prontamente nos atendeu e respondeu às nossas perguntas. A gente espera que o ritmo continue intenso para os próximos jogos da Superliga. Não que a gente desanime (risos), mas essa vitória sobre o Sada trouxe um ânimo ainda maior tanto para a torcida quanto para a equipe seguir firme na competição. Valeu, Maicon! Abraço.

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