quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O VÔLEI PEDE AJUDA

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Apesar de já ter sido esperado o fato de que o vôlei entraria em crise, devido à falta de patrocínios e dificuldades dos clubes de se manterem nas competições, a situação parece ser ainda pior.


Vôlei tem dificuldades para ser reconhecido no Brasil
Já não é mais novidade que o voleibol brasileiro está em um dos seus piores momentos em termos financeiros. Tem se tornado frequente: quando parece que o esporte vai ser devidamente reconhecido nas principais mídias, sofre uma queda, sem motivo aparente para tal feito.

Sada 3x0 Minas no C. M. 2012.
Foto: sadacruzeiro
Havíamos publicado um post no mês de julho de 2012 falando sobre a eventual crise no vôlei, mas não tínhamos ideia da dimensão em que a situação estava. O pior é que os dirigentes parecem estar assistindo a tudo sem fazer nada.

Empresas que pretendem investir em times de vôlei obviamente querem o reconhecimento da sua marca, mas como vão investir em equipes que nem têm os seus jogos transmitidos em TV aberta? E mesmo quando partidas são transmitidas, nem o nome dos investidores são citados durante o confronto. Os campeonatos estaduais dificilmente têm algum jogo transmitido. Se o torcedor quiser acompanhá-los, tem que se contentar com um ponto a ponto no twitter. Por esses motivos que os patrocinadores pensam duas, três vezes antes de investirem em uma equipe de vôlei.

O esporte já mostrou que tem potencial. Nas competições internacionais, por exemplo, o Brasil é muito bem representado pelos nossos atletas. Ficar fora do pódio nesse esporte é uma cena rara de se ver. Então, o que falta para, principalmente a televisão, passar a divulgar o vôlei, transmitindo mais jogos em rede nacional e promovendo mais competições?

O Esporte Interativo é um canal que tem investido bastante no voleibol, e só não transmite mais jogos devido aos direitos autorais comprados por outro canal. A Bandsports é outra emissora que deve apostar no esporte ao transmitir a Liga Italiana na próxima temporada. Mas e os campeonatos estaduais brasileiros e a Superliga? Por que essa falta de divulgação?


Desemprego no vôlei brasileiro faz com que vários atletas deixem o país
Já citamos algumas vezes a quantidade de atletas desempregados e que poderia formar 3 ou 4 equipes, de médio a alto nível. Alguns chegaram a ser contratados no Brasil, mas, devido à diversidade de clubes com dificuldades financeiras para poder se manter vivo nas competições, muitos se viram obrigados a saírem do país, jogadores e jogadoras. Se continuar dessa forma, iremos nos deparar com uma Superliga de 8 equipes, comprometendo ainda mais a visibilidade do esporte.

É preciso repensar no planejamento, tanto dos times quanto dos organizadores das competições brasileiras. Ver tantos atletas desempregados e observar a quantidade de competições e times que poderiam ser feitos é triste. O vôlei precisa de ajuda e cabe a todos os jogadores, técnicos, torcedores e dirigentes tomarem alguma atitude para mudar esse quadro. Ainda dá tempo de salvar o esporte!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BANDSPORTS NA LIGA ITALIANA DE VÔLEI

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A BandSports adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Italiano Masculino de Vôlei da série A, um das ligas mais fortes do mundo e, para muitos, a mais organizada.

Foto: Divulgação/FIVB
Enquanto no Brasil a detentora dos direitos de transmissão da Superliga “trava” as transmissões em TV aberta, mostrando os jogos apenas em TV fechada, a BandSports aposta no crescimento do público do vôlei e investe na transmissão de outras ligas. Mesmo sendo transmitido em TV fechada, o Campeonato Italiano se torna mais uma opção para os apaixonados pelo esporte no Brasil, e certamente dará certo. Grandes jogadores, belos ginásios, times fortes e organização são os atrativos.

Com início previsto para o dia 07 de outubro e final no dia 13 de abril, o campeonato contará com 14 clubes, sendo que todos se enfrentam na primeira fase, classificando-se 8 para os play-offs e os dois últimos serão rebaixados para a série A2. A competição ainda oferece vagas para a Copa Itália da série A1. As equipes que conseguirem bom desempenho nessas duas competições podem conquistar vaga para Liga dos Campeões, Challenge Cup e Copa CEV.

Muitos brasileiros já jogaram na Itália. Para esta temporada, o destaque brasileiro na série A1 é Rafa, levantador do Trentino. Estarão presentes, também, Bruno Zanutto, do Ravena, e Davidson Lamparillo, que defenderá o Macerata, atual campeão italiano. Vale a pena conferir essa forte competição de vôlei. A BandSports pode ter acertado em cheio.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PAPO NA REDE COM JOMAR

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Estamos de volta com o nosso quadro "Papo na Rede". E, abrindo a temporada 2012/2013, o entrevistado da vez é o fisioterapeuta desses três anos de Pequi Atômico - Jomar Almeida. Bastante educado em nos atender, ele conta na entrevista como recebeu a notícia do fim da equipe; revela qual foi o atleta de tratamento mais difícil na história do Montes Claros Vôlei; quais são os novos planos; dá conselhos para os peladeiros de vôlei; e ainda conta o que costuma fazer nas horas vagas. A entrevista ficou muito enriquecedora e descontraída, temos certeza que os internautas vão gostar muito. Vale a pena conferir!

Crédito: Orkutorcida
Assista ao vídeo da entrevista


Leia a entrevista transcrita

Gostaríamos de começar te perguntando: como é a sua trajetória no esporte?
BMG/Montes Claros x Sky/Pinheiros.
Crédito: Orkutorcida
A minha entrada no vôlei foi pelo que eu sempre fiz em Montes Claros. Eu atendia os atletas amadores daqui, no MCTC, de graça. Cheguei a atender alguns atletas que vieram a se tornar profissionais, como foi o caso de Carlão, Jonhson e o levantador Gerinha. Então, quando Victor veio da Espanha, eles me indicaram para cuidar da entorse de tornozelo grave que ele havia sofrido. Ele já vinha de um tratamento de um mês, mas não tinha apresentado boa evolução. Quando eu o atendi, com pouco mais de uma semana ele já conseguia saltar para bloquear, graças ao trabalho de reforço que a gente tinha feito. Nessas sessões de fisioterapia ele começou a falar comigo uma coisa que eu não acreditei muito, que tinha um projeto de montar uma equipe de vôlei profissional em Montes Claros. Eu falava com ele que estava louco, mas respondia dizendo que iria trazer Giba e ele iria ser vaiado por 8.000 pessoas no ginásio, e eu dei gargalhada na época. Mas a aposta dele, juntamente com outras pessoas envolvidas no projeto, fez com que surgisse o Montes Claros Vôlei.

Já aproveitando para falar do time, qual foi o momento ou quais foram os momentos mais marcantes para você nesses três anos defendendo a equipe?
Rodriguinho com a taça de vice-
campeão da Superliga
Na verdade são vários momentos marcantes, mas a gente não pode deixar de falar do primeiro ano. Montes Claros era novato e nós fomos vice-campeões da Superliga. E nesse ano de estreia, que foi o mais marcante, teve um momento ímpar pra mim. Na véspera da partida da final contra o Florianópolis, houve a reunião com os jogadores e cada um começou a falar alguma coisa. Então, Rodriguinho levantou, como capitão da equipe, e falou algo que me deixou surpreso. Ele disse que Deus não faz nada por acaso, pois estava na Europa e sentindo muito dor no joelho, um problema crônico que ele tinha. Já haviam feito vários tratamentos com ele e nada resolvia. Quando estava desistindo do voleibol, apareceu o convite para jogar no Montes Claros. Ele só pediu a Deus que jogasse em um lugar que cuidasse do seu joelho, mas quando ele chegou eu nem tinha acertado com a equipe ainda. Ele até pensou: "o que você está querendo comigo, Deus? Me mandando para um lugar onde nem fisioterapeuta tem?". Mas, assim que fui contratado e o tratamento começou, com menos de 1 mês ele já não sentia mais nada. Ele disse que nunca sentiu tão bem, que havia sido a primeira temporada que ele não sentia nada no joelho. Ele ter falado isso nessa hora como algo de exemplo, na véspera da final da Superliga, dizendo que nada acontecia por acaso, para mim foi um momento ímpar. Eu não esperava que tinha marcado tanto a carreira dele como marquei.

Jomar, e como é que você recebeu essa notícia do fim do time?
Jogadores agradecem torcida Moc.
Eu acho que foi uma surpresa para toda a cidade. O que eu fico preocupado é que tem hora que a política, e talvez a ganância, passam por cima de um bem maior. Eu penso que nunca Montes Claros foi tão valorizada nacionalmente como foi com o time de vôlei. Eu sei que eu convivi muito com Sr. William, Sr. Felipe, Victor, e sei que são pessoas que amavam muito o vôlei, isso eu posso garantir. São pessoas que fizeram de tudo para essa equipe dar certo e elevar o nome de Montes Claros. Quando veio a notícia foi um choque até mesmo para eles, e foi triste pelo fato deles não terem tido força de manter o time. Mas a esperança é a última que morre. Nós, enquanto população, se for uma coisa boa, temos que cobrar das autoridades de que isso não acabe. E não tem uma pessoa que fale mal do que acontecia naquele ginásio.

E com o fim, pelo menos momentâneo, da equipe de vôlei, você vai voltar para o futebol?
Graças a Deus que, quando a gente faz um bom trabalho e é reconhecido, não faltam oportunidades. Eu não quero deixar a área esportiva nunca. Semana passada, com o retorno do Montes Claros Futebol Clube para disputar a 2º divisão, eu fui convidado por Victor para trabalhar na equipe. Estou muito feliz pelo convite e mais ainda por não estar saindo da área de esportes.

Jomar e Leo Caldeira.
Foto: Rubem Ribeiro
Por já ter experiência tanto pelo lado do futebol como pelo lado do vôlei, qual a avaliação que você faz em termos de fisioterapia: os cuidados são muito diferentes?
Na verdade, o objetivo da fisioterapia é o mesmo. O que muda é como você vai atender. O vôlei é um esporte que não tem muito contato, mas que tem o uso muito grande de certas articulações; muito impacto nos membros inferiores, pois saltam muito joelho e tornozelo, além de muito uso do ombro. O futebol já é mais um esporte de aceleração e desaceleração demais e um piso irregular, onde há muito contato. Então, há essa diferença, que se dá nos tipos de lesões. E como você vai fazer o trabalho para evitar os tipos de lesões está no conhecimento delas.

Nós temos muitos blogueiros que jogam o seu voleizinho no final de semana, inclusive a gente. Quais são os conselhos que você poderia dar para esses "atletas"?
Peladeiros de vôlei em Moc.
Foto: Jane Leite
Toda pessoa que vai fazer uma atividade, de moderada a intensa, ela tem que passar por um trabalho preventivo de lesões. Quando a gente joga vôlei em pelada, mesmo que seja duas, três vezes por semana, naquela atividade você sempre vai trabalhar a mesma musculatura. O corpo humano é feito de músculos que são usados para aqueles estabilizadores e acabamos não trabalhando esses estabilizadores, o que pode gerar bastantes problemas. Assim, toda pessoa que jogue, por exemplo, duas vezes por semana, deve fazer um trabalho preventivo para que não aconteça uma lesão, como um trabalho de musculação específico. O trabalho do fisioterapeuta hoje está sendo nesse sentido, onde o esportista define o que ele quer praticar e o trabalho é feito especificamente para esse esporte.

Jomar, já caminhando para a parte final da entrevista, voltando à questão do vôlei, como fisioterapeuta do time, você teve contato com outros fisioterapeutas do país. Então, como você avalia a questão da saúde no esporte? Como vem sendo tratado os jogadores?
Jomar na clínica de Montes Claros.
Crédito: Orkutorcida
Como eu falei: existe equipes e equipes de vôlei. Tem vários times que querem sugar o jogador naquele ano, não interessando como o atleta estará no ano posterior. Há também aqueles trabalhos em que os fisioterapeutas enxergam o jogador como ser humano. Pelo fato do Brasil, hoje, por não ter fisioterapeutas com a condição financeira para montar equipamentos, como os dos Estados Unidos e Alemanha, nós conseguimos nos adaptar muito. Por isso somos considerados, na versatilidade, como a melhor fisioterapia do mundo, principalmente na parte preventiva de lesões. Jogadores vivem convidando fisioterapeutas daqui para ir para a Europa. Inclusive, eu quase larguei o time de vôlei na temporada 2010/2011 para ir trabalhar na França.

Então você avalia de modo positivo a fisioterapia no esporte brasileiro.
Muito positiva, cresceu demais. O Brasil está começando a pesquisar muito na área esportiva, principalmente na parte de prevenção.


E nesses três anos de Montes Claros, qual foi o caso mais difícil de tratar?
Leandrão, ex-Montes Claros.
Foto: Christiano Jilvan
Olha, eu tive alguns "pepinos" nas mãos para resolver (risos). Teve um caso, ninguém sabe disso, mas Leandrão só ficou em Montes Claros porque a comissão técnica se reuniu e verificou na ressonância magnética que o atleta tinha 70% de um músculo rompido, e que é fundamental para o jogador de vôlei, ele chegou na cidade dessa forma. O desafio era se eu conseguiria curar esse ombro. Eu respondi positivamente, mas dependia mais de Leandão do que de mim, e ele até assinou um termo de compromisso para que desse certo. Dessa forma, nós conseguimos em tempo recorde reabilitar o ombro de Leandrão. Outro atleta que também chegou muito mal fisicamente foi o Tuba. Quando ele estava no Brasil Vôlei, já havia 3 anos seguidos que estava no Brasil e nunca havia ficado sem machucar. A temporada que ele jogou sem problemas foi aqui em Montes Claros. Quando chegou, ele tinha tido uma ruptura no músculo serrátil grave e não conseguia nem levantar o braço. Ele não gosta que eu falo, mas eu brinco com ele que quando as pessoas me perguntam qual foi o meu maior  desafio no voleibol, eu respondo: "Tuba!" (risos). Mas é um cara hiper profissional, que dá gosto de ver treinando.

E fora esse estresse todo do trabalho, o que costuma fazer nas horas vagas para poder relaxar?
Olha, eu gosto de jogar o meu futebolzinho (risos). Eu gosto de praticar esporte de vez em quando. O vôlei não estava me deixando praticar esporte e eu acabei ficando com esse corpo de barriga (risos). Esses atletas comem pra caramba. Íamos nas viagens e toda hora que eles estavam lanchando a gente lanchava também. Só que eles praticavam esporte, nós não (risos). Mas eu gosto de jogar bola, pedalar, faço umas trilhas boas aqui em Montes Claros, é isso.

Jomar, muito obrigado por receber a gente.
Eu que agradeço, e que vocês venham sempre aqui na clínica, espero que não para tratar, mas para visitar (risos). Existe esse ditado: se a pessoa vier aqui e não voltar, vem obrigado (risos). Então é bom vocês estarem vindo aqui nos visitar.
Jomar e Orkutorcida. Crédito: Orkutorcida
Gostaríamos de deixar registrado que ficamos ainda mais admirados pelo trabalho de Jomar. Com a entrevista, ficou muito claro o motivo desse grande fisioterapeuta ter ganhado rapidamente o apelido de "São Jomar". O Papo na Rede foi sem dúvida um dos mais enriquecedores que nós já fizemos. Agradecemos muito por você ter nos atendido prontamente e esperamos que possa continuar nesta caminhada de sucesso, Jomar! Grande Abraço de toda a Orkutorcida, valeu!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

BRASILEIROS SÃO PRATA EM LONDRES

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Apesar de começo avassalador na final olímpica de Londres 2012, os brasileiros foram surpreendidos com uma carta na manga da técnico russo e amargou a virada de 3x2.

Brasileiros ficam com a prata após a derrota para a Rússia por 3x2. Foto: FIVB
Não se pode negar que a seleção de Bernardinho chegou desacreditada nas Olimpíadas 2012. Mesmo com inúmeros títulos na bagagem, na última Liga Mundial o time teve um de seus piores resultados com o amargo 6º lugar. Porém, quando os jogos em Londres começaram, parecia que estávamos vendo a verdadeira seleção. A vitória que talvez mais tenha trago confiança não só para a equipe, mas para os torcedores, foi aquela sobre a Rússia por 3x0. Contudo, foi o que também pode ter despertado nos russos uma raça inacreditável para vencer a final, mas vamos por partes.

Wallace em Londres 2012. Foto: FIVB
Na fase classificatória das Olimpíadas, o Brasil avançou como o segundo do grupo, à frente da Rússia e atrás dos Estados Unidos, que foram eliminados pela Itália nas quartas de final. O Brasil passou pela Argentina e depois pela Itália, ambas as vitórias por 3x0, com atuação que só trouxe mais confiança para a equipe.

Brasil x Rússia foi um dos confrontos que poderá servir de lição para os jogadores por um bom tempo. Os dois primeiros sets foram vencidos fáceis pela nossa seleção. Mas a armadilha viria a iniciar o terceiro set: Muserskiy. O técnico tinha uma carta na manga que surpreendeu não só os torcedores brasileiros, mas a equipe. O central russo passou a exercer a função de oposto e Mikhaylov passou a ser um dos ponteiros. Ainda assim, o Brasil ficou à frente até o 22º ponto com boa vantagem, e todos já começavam a comemorar. Giba entrou para o que parecia ser o começo da despedida da seleção. Talvez o erro tenha sido este: achar que a partida já estava ganha. A Rússia inacreditavelmente reagiu na parcial e a virou por 29x27. Foi o fator essencial para fazer com que nossa seleção não se encontrasse mais. O jogo mudou de tal forma que não pudemos fazer nada a não ser lamentar uma amarga virada de 3x2, parciais de 25x19, 25x20, 27x29, 22x25 e 9x15. Decepção? Jamais.

Seleção Brasileira recebe a prata.
Foto: FIVB
A seleção de Bernardinho venceu a competição quando chegou à final. É claro que fica aquele gostinho de que poderia ter sido ouro, uma vez que já tinha alcançado o feito de chegar à terceira final olímpica consecutiva, mesmo desacreditada. Mas a prata deve ser vista como motivo de orgulho para um ciclo que pode ter encerrado nessas Olimpíadas. Ricardinho, Serginho, Rodrigão, Giba e quem sabe Dante não devem voltar a defender o Brasil. Mas também ficou a expectativa pelos talentos promissores, como Bruno e Wallace, que fizeram um bom campeonato e têm muito a crescer.

Ficou claro dentro de quadra que a nossa seleção lutou até o último momento. A vitória não veio, mas a prata deve ser vista como se fosse o ouro olímpico, por toda a superação que o Brasil teve no torneio. Mas, se no feminino jamais esqueceremos o nome de Gamova, no masculino jamais deixaremos de lembrar a forma como Muserskiy acabou com o sonho do Brasil.

Brasileiros são prata nas Olimpíadas de Londres 2012. Foto: FIVB
De qualquer forma, nós torcedores nos orgulhamos da raça brasileira e ficamos na certeza que essa seleção ainda vai ter muita história para contar. Bernardinho ainda não sabe se continuará a defender a equipe, pois acredita que isso pode até a vir prejudicar o novo ciclo de jogadores, que devem se preparar inclusive para as Olimpíadas de 2016. Mas isso fica para outro post, pois o técnico é uma pessoa a qual todos devemos respeitar e aplaudir de pé, além de ter muita história para contar. #ValeuBrasil #TorcidaVôlei #VôleiOrgulho.

Murilo é MVP em Londres 2012

Murilo é MVP nas Olimpíadas 2012.
Foto: FIVB
Das premiações individuais, o grande feito foi Murilo ter sido eleito o Most Valuable Player (MVP) das Olimpíadas 2012. Terminando como o 5º maior pontuador (98 pontos), o 3º melhor atacante (40,12%) e 73,16% de eficiência na recepção, o ponteiro se destacou principalmente na fase final da competição. Mais um talento promissor para os próximos 4 anos.

domingo, 12 de agosto de 2012

LOGAN TOM, A MAIS NOVA "BRASILEIRA"

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Nessas olimpíadas, o torcedor brasileiro teve um aperitivo de uma das grandes jogadoras que vai brilhar nas quadras brasileiras na temporada 2012/2013 da Superliga: Logan Tom, ponteira da seleção americana, que teve uma breve passagem pelo Brasil, no Minas, em 2003. 

Logan Tom. Fonte: - http://migre.me/afCLX
Impossível não reconhecer e se render ao talento dessa jogadora, reforço da Unilever para a Superliga. Quem assistiu aos jogos da seleção americana pôde se certificar da grande atleta que é Logan Tom: líder em quadra, ótimo saque e ataca e passa bem, muitas vezes se colocando à frente da líbero. Além disso, ocupa muito bem os espaços da quadra. Quando menos se esperava, lá estava ela recuperando uma bola. Resumindo, é a típica jogadora completa, irá ajudar muito o time do Rio de Janeiro.

Logan Tom.
Fonte: http://migre.me/afCSI
A ponteira possivelmente fará os torcedores brasileiros se sentirem mais fascinados pelo voleibol, assim como também fizeram, recentemente, as americanas Stacy Sykora (Vôlei Futuro) e Hooker (Sollys/Osasco). O que as americanas têm não sabemos, mas é bom ver jogadoras de uma potência como os Estados Unidos procurarem o Brasil, isso só abrilhanta, valoriza e aumenta o nível da competição nacional.

Que a mais nova “brasileira”, Logan Tom, continue encantando com seu voleibol de alto nível apresentado no decorrer das  competições. Boa sorte a ela.

sábado, 11 de agosto de 2012

FINAL OLÍMPICA MASCULINA: BRASIL X RÚSSIA

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O Brasil tenta buscar mais uma medalha de Ouro no vôlei neste domingo (12/08), às 9h00, contra a Rússia.

Brasil x Rússia na final das Olimpíadas 2012. Montagem: Orkutorcida
Apesar do Brasil ter vencido os russos nos dois últimos confrontos, um na Copa do Mundo e outro na fase classificatória das Olimpíadas 2012, ambos por 3x0, um jogo contra a Rússia nunca pode ser encarado como fácil. Mikhaylov é o oposto russo que se figura entre os melhores jogadores do mundo, é completo e deve dificultar a partida contra os brasileiros neste domingo.

Assim, o confronto que define o campeão do vôlei de quadra masculino nas Olimpíadas de Londres 2012 promete ser acirrado. O vôlei já é pódio absoluto em Londres, mas pode sair com mais essa medalha de Ouro para deixar o país ainda mais orgulhoso do esporte. VAMOS TORCER! #VaiBrasil #TorcidaVolei.

BRASILEIRAS SÃO BICAMPEÃS OLÍMPICAS

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4 anos depois, novamente a final entre Brasil x Estados Unidos nas Olimpíadas. Desta vez, o cenário era diferente, já que as favoritas eram as americanas, mas as brasileiras mostraram superação e venceram mais uma vez por 3x1.

Brasil é Ouro no vôlei feminino de quadra. Foto: FIVB
Parece irônico esse confronto na final das Olimpíadas 2012. Se Estados Unidos tivessem entregado o jogo para as turcas na fase classificatória, Brasil nem teria se classificado. Contudo, o que poucos esperavam era que as brasileiras fossem protagonizar umas das maiores histórias de superação no esporte.

Pódio dourado. Foto: FIVB
Derrota para a Coreia por 3x0, para os Estados Unidos por 3x1 e duas vitórias no tie-break marcaram a fase de classificação do Brasil. Mas a instabilidade parou por aí, pois, aproveitando o "convite" de Hooker e cia para as quartas de final, as brasileiras venceram a Rússia em um jogo histórico por 3x2, onde as russas tiveram 6 match points no tie-break e não conseguiram fechar. Depois disso, a nossa seleção fez uma partida impecável contra o Japão, venceu por 3x0 e chegou novamente à uma final olímpica.

Brasil x Estados Unidos.
Foto: FIVB
O começo da partida foi preocupante. Os Estados Unidos conseguiram aperfeiçoar ainda mais os sistemas de bloqueio, defesa e contra-ataques, impedindo o Brasil de ter qualquer chance de reação no primeiro set, que terminou inacreditavelmente em 25x11 para as americanas. Mas rapidamente as brasileiras fizeram todos os torcedores esquecerem esse set, pois o time estava motivado a levar mais um ouro olímpico. Jaqueline pode ter feito a melhor partida dela no último ano, virando bolas importantes para a seleção e contribuindo como de costume para o passe e a defesa brasileiras. Assim, o Brasil neutralizou todas as armas da seleção que parecia imbatível até hoje, vencendo os três sets seguintes por 25x17, 25x20 e 25x17.

Brasil x Estados Unidos.
Foto: FIVB
A vitória da nossa seleção foi inquestionável. Sob tantas críticas e várias superações na competição, a lição aprendida é que para vencer no vôlei é preciso ter muita mais que técnica, mas fatores como RAÇA. Estados Unidos chegaram à final tendo perdido somente 2 sets e talvez seja por isso que não tenha chegado preparado. Brasil já tinha passado por tudo e era só uma questão de paciência para conquistar o ouro. Além disso, a torcida brasileira fez mais que bonito com os gritos de "O Campeão Voltou!", apoiando as brasileiras incondicionalmente e isso pode ter desestabilizado as americanas, que não tinham o mesmo apoio da torcida.

Zé Roberto Guimarães é tricampeão olímpico. Foto: FIVB
Sem dúvida essa Olimpíada do vôlei feminino vai ficar para a história. Passa um filme na cabeça de cada torcedor que acompanhou a trajetória do Brasil até o bicampeonato. E quantos ídolos em uma só conquista! Que venha Rio 2016, que venha o TRI!. #ValeuBrasil #VoleiOrgulho #TorcidaVolei.

PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS

Most Valuable Player (MVP): Kim (Coreia);
Maior pontuadora: Kim (Coreia);
Melhor atacante: Hooker (Estados Unidos);
Melhor levantadora: Startseva (Rússia);
Melhor bloqueadora: Fabiana (Brasil);
Melhor saque: Sheilla (Brasil);
Melhor recepção: Fernanda Garay (Brasil);
Melhor líbero: Castillo (República Dominicana).

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

DESTINOS DE UBIRATAN, FUENTEALBA E JOMAR

Um comentário:
Aos poucos a ex-comissão técnica do Pequi Atômico toma o seu rumo para continuar com o bom trabalho.

Jomar, Ubiratan e Fuentealba. Montagem: Orkutorcida
Apesar de os atletas e o técnico serem as referências de uma equipe, um time é composto por várias pessoas que possibilitam a boa performance dos jogadores. Fisioterapeuta, preparador físico e estatístico são tão importantes quanto o comandante de um time, mesmo que não sejam tão conhecidos pela maioria.


No time de Montes Claros, Jomar (fisioterapeuta) tinha o carinho da torcida principalmente por ele ser naturalizado da cidade. Devido a seus "milagres", ganhou o apelido de "São Jomar". Estava nos planos dele continuar com o bom trabalho no time nortemineiro, mas foi um dos que se surpreendeu com o fim da equipe. Jomar agora continua com a sua clínica na cidade de Montes Claros e com certeza tem esperança do retorno do Esquilão.




Rodrigo Fuentealba, o hermano do grupo, destacou-se pela atenção que tinha com os torcedores e por ter estado presente nos três anos de projeto do time. Fuente estava sempre feliz em defender a equipe e satisfeito em fazer seu trabalho como estatístico. O argentino, que era do Montes Claros Vôlei, pode defender a equipe feminina do Minas Tênis Clube na temporada 2012/2013, mas nada confirmado ainda.




Símbolo Caldas Novas Atlético Clube
Ubiratan (preparador físico) foi outro membro da equipe que fez um bom trabalho na preparação dos atletas para os jogos. Isso ficou evidente, por exemplo, no jogo do Moc x RJX no Caldeirão, quando os atletas do Pequi Atômico fizeram excelente partida e aguentaram firme os 4 disputados sets, com vitória de 3x1. Agora o esporte de Ubiratan voltará a ser o futebol, umas vez que seu destino é a equipe de Caldas Novas Atlético Clube. "Sobre o fim do Montes Claros, fico triste principalmente por causa da torcida, e o vôlei brasileiro perde muito", opinou Ubiratan. Ele ainda contou à Orkutorcida sobre o seu trabalho anterior ao Moc e o atual: "Antes do Montes Claros Vôlei, eu trabalhava no América Teófilo Otoni, que foi campeão. Agora estou no time de Caldas Novas, que começou as atividades no último dia 6 de agosto e minha expectativa é boa, pois é um projeto novo e o objetivo inicial é classificar a equipe".

Muitos torcedores não os conheceram, mas eles sem dúvida fizeram a diferença para que o Moc se mantesse firme nas competições. Não poderíamos deixar de agradecer o trabalho feito por esses três membros da comissão técnica na última temporada do Pequi Atômico. Além disso, desejamos a Jomar, Fuentealba e Ubiratan muito sucesso nessa nova caminhada. Grande Abraço da Orkutorcida, valeu!

FINAL OLÍMPICA: BRA X EUA NOVAMENTE

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Após início instável da seleção feminina de vôlei, as brasileiras se reergueram, mostraram força na competição e chegaram mais uma vez a uma final olímpica, novamente contra os Estados Unidos.

Final Olímpica: Brasil x Estados Unidos. Montagem: Orkutorcida
Brasil x Rússia. Foto: FIVB
Quando começaram os jogos de Londres 2012, sabíamos que teríamos um caminho difícil. Além de ter caído na "chave da morte", Brasil não mostrou o bom voleibol nas primeiras partidas, amargando dois tie-breaks e derrota para a Coreia por 3x0. Assim, a nossa seleção teve que depender de outros resultados para poder passar para as quartas de final. Curiosamente, foram as americanas que deram uma ajuda para brasileiras ao vencerem a Turquia por 3x0, já que era o único resultado que deixava a classificação nas nossas mãos. Porém, o caminho estava apenas começando.

Enfrentando a até então invicta Rússia em jogo válido pelas quartas de final, a nossa seleção entrou determinada a vencer a partida de qualquer jeito. Nem mesmo os seis match points das russas foram capazes de derrotar o Brasil, que teve excelente atuação e a calma necessária para avançar para a semifinal depois de um 3x2.

Brasil x Japão. Foto: FIVB
Assim, em partida contra o Japão, o Brasil mostrou ainda melhor performance, com Dani Lins distribuindo as bolas de maneira impecável e a seleção brasileira defendendo no mesmo nível que as japonesas. Além disso, o bloqueio foi capaz de neutralizar Saori e cia, já que grande parte das bolas foi bloqueada ou então resultava em contra-ataque para o Brasil. Então, em uma hora e dezesseis minutos de jogo, o resultado não podia ser outro a não ser 3x0, parciais de 25x18, 25x15 e 25x18.

Brasil comemora. Foto: FIVB
Agora, deparamo-nos com uma equipe completamente diferente daquela que iniciou a competição em Londres. As chances de uma medalha de ouro e, consequentemente, o bi-campeonato olímpico são reais. A partida que define a campeã das Olimpíadas de Londres 2012 é neste sábado (11/08), às 14h30. #VaiBrasil #TorcidaVolei.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

OURO EM BARCELONA COMPLETA 20 ANOS

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Há 20 anos eles marcaram a história do esporte que viria se tornar o mais vitorioso do nosso país e o segundo esporte na preferência dos torcedores brasileiros. Foi em Barcelona onde, em 1992, uma geração conquistava o primeiro ouro do vôlei brasileiro em olimpíadas.

Brasil é Ouro em Barcelona, 1992.
A seleção brasileira, com média de idade de 24 anos, contava com: Maurício, Carlão, Marcelo Negrão, Giovane, Paulão, Jorge Édson, Amauri, Janelson, Talmo, Tande, Pampa e Douglas. O técnico era José Roberto Guimarães.

Foram 8 vitórias, passando por: Coreia, Rússia, Holanda, Cuba, Algéria, Japão, Estados Unidos e novamente Holanda, adversária da inesquecível final. O Brasil perdeu apenas 3 sets durante a competição e o resultado não poderia ser outro senão o ouro, com  essa campanha quase perfeita.

Quem teve o prazer de acompanhar essa geração com certeza deve se lembrar como hoje do ace de Marcelo Negrão, que deu o título ao Brasil contra a Holanda naquele 3x0. O Brasil explodia de alegria, jogadores comemoravam como loucos e torcedores invadiam a quadra. Veja os momentos finais dessa conquista no vídeo abaixo:




Talvez os torcedores que acompanham o vôlei há menos tempo não tenham noção da dimensão dessa conquista. Assim como a eternizada geração de prata de 84 foi fonte de inspiração e importante para a geração de 92, esta última foi fundamental para o voleibol do nosso país chegar ao patamar que se encontra hoje. Após esta conquista, cresceram os investimentos, a visibilidade e organização do esporte; e o número de praticantes, tornando-se o segundo esporte do país.


E o que dizer dos títulos que vieram a partir desse momento? 9 Ligas Mundiais, Tri-Campeonato Mundial, Bi-Campeonato Olímpico, entre tantas outras conquistas. E os novos ídolos que surgiram inspirados nos campeões olímpicos: Giba, Ricardinho, Dante, André Nascimento, Gustavo, Serginho e, mais recentemente, Murilo, Bruno, Sidão, Lucão, Wallace, entre outros, vão ganhando espaço no coração do torcedor. 

O momento que o Brasil vive hoje é consequente de um passado e não se pode deixar de lembrar a importância do mesmo. Hoje o voleibol brasileiro só pode parabenizar e agradecer a geração de 92 pela conquista do primeiro ouro do vôlei brasileiro e os benefícios proporcionados à atual geração. Que essa história de muita luta e conquistas se perpetue no esporte. Valeu, Brasil!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

BRASILEIROS X ITALIANOS NA SEMIFINAL

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Os brasileiros venceram os hermanos nas quartas-de-final e esperaram o provável adversário da semifinal (Estados Unidos). Porém, surpreendentemente os americanos foram eliminados pelos italianos por 3x0 (28x26, 25x20, 25x20).

Brasileiros comemoram vitória sobre argentinos. Foto: Divulgação/FIVB
Brasil x Argentina 2012.
Foto: Divulgação/FIVB
Assistir ao Brasil enfrentar a Argentina no vôlei masculino é, de certa forma, diferente para os torcedores montesclarenses, uma vez que veem em quadra o jogador que um dia já defendeu a equipe do Pequi Atômico - Federico Pereyra. O oposto se destacou na Liga Mundial do ano de 2011 e desde então fez seu nome no esporte, apesar do ponteiro Facundo Conte ser a grande estrela da seleção estreante nas Olimpíadas.

Quando houve o sorteio de qual time iria enfrentar qual, o confronto "Brasil x Argentina" foi motivo de comemoração para uma grande maioria de torcedores e, inclusive, para os próprios jogadores, uma vez que era a equipe considerada mais fraca entre as quatro presentes (Polônia, Rússia, Brasil e Argentina). Assim, o confronto não foi diferente daquilo que se foi pensado, pois os hermanos não entraram dispostos a ganhar e os brasileiros aproveitaram para emplacar logo um rápido 3x0 (25x19, 25x17 e 25x20).

Como se não bastasse a zebra da competição os americanos terem sido eliminados, os poloneses, atuais campeões mundiais, amargaram a derrota para a Rússia por 3x0 e, consequentemente, a eliminação precoce das Olimpíadas.

Brasil x Itália. Montagem: Orkutorcida
A semifinal entre Brasil e Itália promete ser um bom jogo para os acompanhantes do esporte, já que as duas equipes se conhecem bastante e têm o costume de se cruzarem nas grandes competições. A partida que define um dos finalistas dos jogos olímpicos de Londres 2012 acontece nesta sexta-feira (10/08), às 15h30. #VaiBrasil #TorcidaVolei.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O RENASCIMENTO DAS BRASILEIRAS

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Mesmo desacreditadas pela maioria dos acompanhantes do esporte, as brasileiras tiveram atuação de gala e venceram a Rússia em partida que só foi decidida no tie-break.

O Renascimento da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei. Montagem: Orkutorcida
O Brasil quase não se classificava para as quartas de final das Olimpíadas de Londres 2012. Porém, após combinação de resultados favorável para a nossa seleção, as brasileiras conseguiram avançar em 4º lugar na "chave da morte". Sendo assim, a adversária encontrada foi a invicta seleção russa. 

Brasileiras se emocionam com vitória.
Foto: Divulgação/FIVB
Apesar de caminho cheio de oscilações do Brasil nestas Olimpíadas, todo clássico tem sua expectativa e a certeza de que qualquer seleção pode ganhar. No entanto, ao resgatarmos o histórico de confrontos entre as duas equipes, a Rússia não nos traz boas recordações, principalmente em Olimpíadas, quando houve aquele dramático 24x19 em 2004. Mas, se muitos pensavam que as brasileiras iriam ter os "apagões" durante a partida, enganaram-se.


Zé Roberto comemora vitória.
Foto: Divulgação/FIVB
Os sets foram todos muito disputados e definidos realmente no detalhe. Com poucos erros entre as duas equipes e defesas de impressionarem os torcedores, o jogo foi aquele para entrar para a história, especialmente por causa do tie-break. Após o Brasil abrir 3 pontos de vantagem (13x10), amargaram a virada russa por 14x13 e se desesperaram... Não as jogadoras, mas os torcedores! (Risos). Até mesmo porque foi nessa hora em que as brasileiras mostraram uma raça talvez nunca antes vista nesta atual seleção. Sheilla chamou a responsabilidade de virar as bolas e não decepcionou, apoiada pelos bons levantamentos de Dani Lins. Com isso, foram seis match points adversários salvos e apenas um para fazer com que a nossa seleção vencesse a partida por 21x19.

Torcida Brasileira.
Foto: Divulgação/FIVB
Foi um jogo que simulou uma final olímpica, de alto nível. Nós, brasileiros, ficamos com orgulho em poder perceber que o nosso país está bem representado por essas jogadoras que tinham tudo para abaixar a cabeça, uma vez que muitos torcedores semeavam a dúvida sobre o potencial delas e desacreditaram na vitória. Ficamos com orgulho também em perceber que fomos bem representados por um grupo de fanáticos torcedores que apoiaram as atletas o tempo inteiro e até cantou "O Campeão Voltou!" ao assistir o show dentro de quadra. Parecia que o Brasil estava jogando em casa cheia.

TT's Brasil após o jogo entre Brasil e Rússia


Sem dúvida, o jogo foi para ficar na memória, mas ainda há um longo percurso até o ouro olímpico. O próximo adversário do Brasil é o Japão, que tem a característica de boas defesas e a melhor levantadora do campeonato: Takeshita. O jogo válido pela semifinal acontece nesta quinta-feira (09/08), às 15h30. #VaiBrasil #TorcidaVolei.

JOGOS TENSOS, TRISTEZA E ALEGRIA NO VÔLEI DE PRAIA

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As duplas brasileiras movimentaram as quartas de final em Londres. Juliana e Larissa e Alison e Emanuel avançaram às semifinais, mas Ricardo e Pedro Cunha deram adeus ao sonho do ouro olímpico, infelizmente.

Juliana. Foto: Maurício Kaye

Juliana e Larissa só confirmaram mais uma vez a ótima fase, uma que as brasileiras venceram as alemãs Sara Goller e Laura Ludwig por 2 sets a 0 (21/10 e 21/19). Superiores no primeiro set, relaxaram e cometeram muitos erros no segundo e por pouco não tiveram que decidir o jogo no tie-break. Nesta terça-feira (07/08), às 17h00, elas decidem uma vaga na final contra as americanas kessy e Ross.

Emanuel. Divulgação/FIVB
Alison e Emanuel suaram a camisa pra vencer a dupla polonesa, Prudel e Fijalek. A vitória só veio no tie-break e, junto com os atletas, os torcedores brasileiros também sofreram, tamanha foi a tensão da partida. O placar do primeiro set foi de 21x17 para os brasileiros, o que levou muitos torcedores a acreditarem em vitória por 2x0, mas não foi o que aconteceu. No segundo set, os erros dos brasileiros facilitaram o jogo dos poloneses, que venceram por 21x16, forçando a disputa do terceiro e decisivo set. Porém, o nervosismo maior da torcida ainda estaria por vir, quando os adversários fizeram 11x08 no tie-break. Felizmente preparados e determinados, Alison e Emanuel conseguiram superar a adversidade, salvar um match point adversário e fechar o set em 17x15, para a alegria da torcida. A dupla brasileira também volta à quadra nesta terça-feira, às 13h00, para enfrentar a dupla da Letônia, Plavins e Smedins, em jogo válido pela semifinal.

Triste foi o jogo de Ricardo e Pedro Cunha, que, irreconhecíveis, não se soltaram em quadra e tiveram atuação bem abaixo do esperado, resultando na triste eliminação da dupla que tinha apenas um ano de formação. Os erros dos brasileiros, a boa leitura de jogo e o saque dos adversários foram determinantes para o resultado final do jogo. Os vencedores Brick e Reckermann, da Alemanha, fizeram 2x0 (21x15 e 21x19) e agora enfrentam Nummerdorr e Schuil, da Holanda.      
  
Ricardo e Pedro Cunha. Divulgação/FIVB
Fica agora a expectativa para o futuro da dupla, já que Ricardo está com 37 anos e deve pensar se segue na busca de mais uma Olimpíada. Torcemos para que continue defendendo o Brasil e que os jogos do Rio 2016 o motive ainda mais na busca de sua quarta medalha olímpica. Ricardo é um dos maiores jogadores da história do vôlei brasileiro e tem totais condições de buscar mais uma Olimpíada, resta saber se terá o fator mais importante para isso: a motivação, porque um ótimo parceiro ele já tem. Desejamos sucesso à dupla.

Continuamos agora na torcida por Juliana/Larissa e Alison/Emanuel. Vale lembrar que a seleção feminina de quadra enfrenta a Rússia pelas quartas de final ainda nesta terça (07/08) e o jogo acontece às 11h00. Que seja um grande dia para o vôlei brasileiro e que venham três grandes vitórias. #VaiBrasil #TorcidaVolei.

domingo, 5 de agosto de 2012

TRÊS DUPLAS VÃO ÀS QUARTAS DE FINAL NA PRAIA

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Após início arrasador das quatro duplas brasileiras na primeira fase, todas passaram invictas às oitavas de final, disputadas na sexta e no sábado. No entanto, as Olimpíadas acabaram para a dupla Talita e Maria Elisa.


Talita e Maria Elisa. Foto: Maurício Kaye
Talita e Maria Elisa sofreram a primeira derrota brasileira na praia nestas Olimpíadas, justamente quando não se podia mais perder, na fase do mata-mata. A dupla perdeu para as tchecas Kolocova e Slukova por 2 sets a 1 (21/16, 20/22 e 15/9) e foram eliminadas. 

“Foram as minhas primeiras Olimpíadas, e eu esperava um resultado melhor. Mas é uma experiência que vou guardar para o resto da minha vida. Temos quatro anos para melhorar. Vamos aprender com os nossos erros”, disse Maria Elisa.


Divulgação/FIVB
A responsabilidade de buscar o ouro agora fica por conta de Juliana e Larissa, que venceram as inexperientes Meppelink e Van Gestel, de 22 e 21 anos, por 2x0 (21/10 e 21/17). Entre as duplas favoritas ao título, Juliana e Larissa venceram todas as partidas pelo placar de 2 sets a 0. Nas quartas de final elas enfrentam as alemãs Goller e Ludwig. A partida acontece às 19h deste domingo (05/08/2012).
 

Divulgação/FIVB
Maurício Kaye
No masculino, as duas duplas venceram e seguem firmes na busca pelo ouro. Ricardo e Pedro Cunha não tiveram jogo fácil, mas venceram os espanhóis Herrera e Gavira, por 2x0, com parciais apertadas (21/18 e 21/19). Os adversários na próxima fase serão Brink e Reckermann, da Alemanha. A outra dupla brasileira, Alison e Emanuel, tiveram mais facilidade para conquistar mais uma vitória, a qual veio sobre os alemães Erdmann e Matysik por 2 sets a 0 (21/16 e 21/14). Os próximos adversários dos brasileiros na caminhada rumo ao ouro serão os poloneses Grzegorz Fijalek e Mariusz Prudel. As quartas de final do torneio masculino serão na segunda-feira (06/08).