segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Papo na Rede com Brendle

Olá, internautas! Estamos de volta com o nosso quadro mais famoso: o Papo na Rede. Hoje o entrevistado é um grande ídolo da torcida - Tiago Brendle. No bate-papo, ele fala sobre a volta para a cidade montesclarense, se tem a ambição em defender a seleção brasileira, sobre a nova polêmica regra dos 21 pontos, sobre a fanática torcida de Montes Claros e muito mais. O Papo na Rede está imperdível, não deixem de conferir!

Montagem: Orkutorcida.

Assista ao vídeo da entrevista



Veja a entrevista transcrita

Crédito: Vôlei na Rede.
Brendle, gostaríamos de começar te perguntando sobre aquele time da primeira temporada. Qual a sensação de ter participado de um time vice-campeão da Superliga?
Esta é a minha décima temporada e a de 2009-2010, que eu representei Montes Claros, eu considero a melhor que eu já atuei e me senti muito honrado de ter participado de uma temporada muito vitoriosa. A gente fala do vice-campeonato da Superliga, mas é preciso falar dos torneios preparatórios; do mineiro, que significa muito para o estado e para o povo de Montes Claros, que é do norte de Minas e merece desbancar o pessoal da capital. Então, aquela temporada foi fantástica, foi um time vencedor do "início ao fim", que foi coroado com um vice-campeonato, mas foi surpreendente para o Brasil e para uma cidade que não aparecia a nível nacional; jogadores que quase não apareciam hoje são referência no voleibol.

Crédito: Vôlei na Rede.
E o que aquele Brendle de 4 anos atrás tem de diferente para o Brendle de hoje?
Para um jogador de voleibol, que joga cerca de 15 temporadas, 4 anos significam muita coisa. Significa comunicação, agilidade e dedicação. Essas são as características que eu venho desenvolvendo com o tempo para sempre chegar onde quero.

E qual a expectativa para esta temporada, na qual você está voltando a defender o time de Montes Claros?
A expectativa é com relação aos campeonatos que estamos disputando no momento. Sendo ambicioso, final de mineiro e classificação na Superliga no mínimo entre os oito, buscando playoffs no mínimo entre os quatro. Esses são os objetivos claros na minha cabeça e que, para alcançá-los, é necessário uma força enorme e um conjunto muito forte, mas é assim que se estipula um objetivo, pensando alto e trabalhando forte.

Antes de voltar ao Montes Claros, por quais times você passou?
O rival Vivo/Minas (risos), o Vôlei Futuro e Funvic, em São Paulo.

Crédito: CBV.
Muitos te consideram um líbero a nível de seleção. Agora com a saída de Serginho, você acha que suas chances aumentam? Você tem essa ambição de defender a seleção brasileira?
Eu tenho essa meta, esse objetivo estabelecido, desde muito cedo. Eu participei de todas as seleções de base e participei da seleção de novos, ou seleção B. Então essa crescente me faz não só sonhar, me faz visualizar isso (defender a seleção) logo à frente. Com a saída de Serginho com certeza se abre um espaço, mas no momento existem dois líberos na equipe brasileira, que é o Mário Júnior e o Alan. Eles têm uma idade já acima de 30 anos e eu acredito que logo mais eles podem precisar de um líbero mais novo, com saúde e bastante experiência, que nem sempre está relacionada à idade, pois experiência significa viver situações diferentes. Eu, com a minha rodagem, já passei por várias situações e tenho uma experiência necessária para compor a seleção principal. Então eu espero dentro dos próximos dois anos estar defendendo a seleção.

Sobre essa nova regra do voleibol, que vem causando bastante polêmica, com relação à redução dos 25 pontos para 21, você já jogou dois jogos pelo Montes Claros e já experimentou essa nova dinâmica do esporte. Já conseguiu formar sua opinião ou precisa de mais alguns para dizer se é a favor ou contra?
Eu tenho minha opinião formada em apenas duas partidas. Eu vou explicar a visão do jogador para o torcedor. Um set de 21 pontos representa que o primeiro tempo técnico vai no 7 e o segundo vai no 14. Então, para o time que começa atrás no placar, com uma desvantagem significativa de pontos, 2 ou 3, torna-se mais difícil conseguir a vitória no set. O time teoricamente mais fraco acaba não conseguindo buscar os pontos necessários para a conclusão do set. O número de erros e o nível de atenção precisam ser muito bem colocados na balança para conseguir a vitória dentro do set, sendo que o torcedor gosta de ver recuperação de set, de partida, de mais atuação, e isso acabou sendo prejudicado. Não foi uma decisão acertada da CBV, isso já é consenso de jogadores, torcedores, técnicos, todos envolvidos. Porém, já foi uma coisa determinada e não se tem como mudar mais, só se adaptar para conseguir trabalhar bem dentro disso.

Agora uma pergunta mais descontraída. Por curiosidade, o que costuma fazer nas horas vagas?
Gosto de tocar minha guitarra, de passear em parques, de animais, de estar com pessoas que gosto...

De jogar um voleibol com os amigos? (Risos)
(Risos) O voleibol eu deixo mesmo só nas quadras (risos). Tenho momentos bons com pessoas agradáveis, em uma cidade que recebe a gente muito bem e que contribui para esses momentos de lazer.

Às vezes pode variar seus momentos de lazer entre uma cidade e outra, não é?
Sim, é bem diferente, por exemplo, em uma cidade menor como Montes Claros, onde as opções de lazer talvez sejam menores, mas que compensa com as pessoas que vivem nesse lugar, que o torna muito bom.

Uma curiosidade: na infância você recebeu algum apelido? Ou no voleibol você tem algum apelido que gostaria de estar compartilhando com a torcida?
Na realidade, como todo mundo vê, eu sou um cara muito branco; em determinadas situações... rosado; em outras... vermelho (risos). Então, os apelidos acabam sendo em relação a isso. O apelido que mais me conhecem no meio do vôlei é "Brende". Meu sobrenome é "Brendle" e talvez seja mais difícil a pronúncia e justifique a abreviada. Porém, existem vários outros relacionados à coloração da pele (risos).

Crédito: Vipcomm.
E só mais uma curiosidade: você é um jogador alto para um líbero. Já chegou a jogar em outra posição antes de seguir essa carreira?
Sim. Quando se inicia os trabalhos no voleibol se faz experimentos, onde o atleta vai manifestar algumas aptidões desenvolvidas e vai acabar seguindo aquela especificidade de posição. Então eu comecei sendo central e passei a ser um ponteiro habilidoso, mas a altura, que não contribuiu muito para essa posição, acabou me colocando como líbero, que é uma posição de fundo de quadra, onde se destaca habilidades de defesa, recepção e levantamento. Isso se definiu na seleção de base, onde eu fui convocado como ponteiro e o técnico viu um caminho interessante comigo sendo um líbero. Segui por esse caminho, comecei a ser vitorioso e a me destacar. Foi a posição que eu adotei e me sinto orgulho disso. É uma posição difícil no voleibol e de bastante responsabilidade. Eu dou o meu máximo para apresentar boas situações que deixem o torcedor bastante empolgado com o voleibol.

Brendle e torcida.
Crédito: Orkutorcida.
Brendle, agora deixamos um espaço aqui para você mandar um recado para a torcida montesclarense, que te tem como ídolo.
Essa foi a torcida que mais me identifiquei nesses 10 anos de caminhada no voleibol. Realmente, não é nada comercial, é algo sincero de alguém que voltou para um lugar onde foi super bem recebido, o que uma pessoa como eu valoriza acima de muitas outras coisas. Essa relação de identidade minha com torcedor e vice-versa foi algo surreal e espero que este ano o torcedor esteja conosco assim como nós estamos com vocês, trabalhando forte para apresentar coisas boas, independente de resultados. Fazer boas apresentações aqui no nosso ginásio e contar com a ajuda de todos vocês. Daremos o nosso melhor para que deixemos vocês orgulhosos e a cidade também.

Orkutorcida e Brendle. Crédito: Orkutorcida.

Brendle, agradecemos imensamente pela atenção em nos receber e conceder o Papo na Rede. Que você e toda a equipe do MOC possam fazer uma boa temporada e conquistar todos os objetivos traçados. Estaremos juntos apoiando para que o time possa fazer bonito nos campeonatos disputados. E, para não perder o costume, #GOMOC!

2 comentários:

  1. Muito boa a entrevista...é um prazer ter Brendle de volta a nossa equipe. #gomoc

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  2. Parabéns a entrevista ficou ótima!

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